Olá, pessoas!
Aqui está o relato do
Música Na Vida para o sensacional
show da Banda do Mar! O
post está muitíssimo ilustrado, mas ainda tem mais fotos! Todas serão postadas em instantes em um álbum no
nossa página no Facebook!
Obrigado a todos pela atenção e paciência em ler todo o post, mas eu garanto que valerá a pena!
Abraços,
Caio César.
Nos últimos anos, um certo movimento pela valorização dos
nerds, antigos alvos de
bullying nos colégios, gerou aqueles que chamamos de
hipsters - homens e mulheres que se vestem como os antigos
nerds, porém vestem marcas caras de roupa e apostam na moda
retrô para se fazerem atuais. Dito isso, é mais do que lógico que movimentos de tribos urbanas demandam pontos de encontro e eventos para celebrar a sua cultura. O MUV Festival, realizado no último sábado na Orla do Lago Paranoá, na cidade de Brasília, é mais um dos eventos que são proporcionados por e para os
hipsters - só no quesito festivais de música, existem o Lollapalooza, o Coachella, o SWU, o Primavera Sound, o Glastonbury, entre outros. Com dois palcos e diversas bandas locais, o MUV Festival começou ao meio-dia, seguido por uma chuva fina que caiu durante toda a tarde - felizmente, a área destinada aos
shows eram cobertas com tendas brancas e aparentemente impermeáveis. No local, além dos palcos, haviam praticantes de diversos esportes (
longboard,
skate, patins,
slackline,
stand up paddle, etc) e vários
food trucks estacionados para servir aqueles que prestigiavam o festival.
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Eu cheguei à Orla do Lago por volta de 18h - como eu fui apenas para prestigiar a Banda do Mar, não quis chegar mais cedo. Encontrar vaga no local não foi difícil, nem haviam filas na entrada. Com ingresso em mãos, entrei no festival e devo admitir que me senti um pouco deslocado... Afinal, não sou hipster nem tampouco me identifico com essa nova onda. Então, obviamente, fiquei sozinho no meio da multidão. O que não é problema algum, visto que alguns espécimes à minha volta me faziam ter mais segurança da minha opção pela solidão... Menos de 24 horas antes da abertura do festival, a produção alterou toda a grade horária dos shows e, sinceramente, achei que foi o melhor a ser feito - os palcos eram extremamente próximos um do outro, e ter duas bandas tocando ao mesmo tempo, cada uma em um palco, seria uma péssima experiência de poluição sonora para todos os presentes.
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Pontualmente às 19h, conforme previsto na programação, a banda formada por Mallu Magalhães, Marcelo Camelo e Fred Ferreira entrou no palco e já abriu com "Cidade Nova", faixa que inicia o disco da Banda do Mar, lançado em 2014 pela Sony Music. Os três têm uma sintonia fantástica, e o amor que transborda do casal Magalhães-Camelo é de encher de fofura até o mais duro dos corações. Em seguida, Mallu assume os vocais e canta "Me Sinto Ótima" para, depois, passar o microfone para Camelo cantar "Hey Nana". Com exceção da última faixa do disco, "Vamo Embora", a banda tocou na íntegra seu primeiro lançamento. Mallu retoma o microfone para cantar "Mais Ninguém", o primeiro
single da banda - e uma das minhas prediletas da Banda do Mar.
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
As duas músicas seguintes, "Pode Ser" e "Mia", foram homogeneamente cantadas pela plateia - que, aliás, estava bem afiada nas letras das músicas - e renderam boas imagens para mim - sim, eu filmei alguns trechos do
show. Em seguida, "Faz Tempo" foi um dos muitos momentos românticos e delicados do show. A partir daí, começou o bloco dedicado às carreiras paralelas de Mallu e de Marcelo Camelo - iniciando com "Velha e Louca", do mais recente disco solo de Mallu, "Pitanga", lançado em 2011.
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
A música posterior vem do primeiro disco da banda Los Hermanos, da qual Camelo é vocalista desde 1997 - "Anna Julia", lançada em 1999, e cantada em peso pela plateia. Em seguida, duas músicas do disco "Pitanga", de Mallu - "Olha Só Moreno" e "Sambinha Bom", em performances mais acústicas e com Mallu tocando violão lindamente. Após estas, Camelo retoma o repertório dos Los Hermanos, com "Além Do Que Se Vê", do disco "Ventura" (2003).
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Voltando ao som praiano da Banda do Mar, o trio toca em sequência "Solar" e "Seja Como For", com vocais de Camelo e de Mallu, respectivamente. Logo após, Marcelo Camelo canta dois sucessos de seu primeiro disco solo, "Sou/Nós" - "Doce Solidão", durante a qual ele e Mallu usaram duas coroas de flores jogadas por alguém da plateia para lhes adornar os cabelos, e "Janta", conhecido dueto de Camelo e Mallu e durante o qual os dois se conheceram e se apaixonaram (o romance foi um escândalo, pois Mallu tinha apenas dezesseis anos à época, e Camelo, trinta anos). A plateia foi à loucura com o dueto, e tinham na ponta da língua a letra da música, bilíngue em português e inglês.
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Anunciando como a última música do
show, a Banda do Mar executou seu mais recente
single, "Dia Clarear", com ativa participação da plateia como coro. Depois de uma rápida saída e de muitos gritos de "mais um!", a banda retorna para o
bis com "Cena", do terceiro disco de Mallu, "Pitanga". Em seguida, Marcelo Camelo canta "Morena", do último disco de estúdio lançado pelos Los Hermanos, antes do atual hiato da banda, em 2005. Para finalizar de vez o
show, o grande
hit da Banda do Mar, "Muitos Chocolates" - Mallu errou a letra bem no início da música, perdeu-se no ritmo, e pediu para recomeçar, mas ainda assim cortou uma estrofe da letra na segunda tentativa.
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
De maneira geral, o show da Banda do Mar é bem coeso e agradável - a instrumentação não é ensurdecedora, e os membros estavam bem entrosados musicalmente. Claro que a atenção do público é quase exclusivamente voltada à atmosfera de amor e cumplicidade que circunda Mallu Magalhães e Marcelo Camelo, mas tanto Fred Ferreira, responsável pela bateria e pela percussão, quantos os outros dois músicos contratados, cujos nomes eu não guardei, também dão um show de talento e de virtuose com seus instrumentos. Eu gostei do show, e é uma pena que o trio está terminando sua turnê para que seus membros retomem suas carreiras solo... Espero um segundo disco da banda, e uma nova turnê para poder prestigiar, daqui a alguns anos.
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
Créditos: Caio César Mancin
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