Créditos: Caio César Mancin
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Cheguei ao Teatro Oi Brasília, localizado no complexo hoteleiro Royal Tulip Alvorada, por volta de 18h30, pois ainda precisava retirar meu ingresso, comprado online, na bilheteria do teatro. Enquanto esperava abrirem para sentarmos em nossos lugares, encontrei casualmente um colega de trabalho, que também iria assistir SILVA. Pontualmente às 19h, as portas do auditório foram abertas ao público, e logo me sentei na terceira fileira, bem próximo do palco - o que me garantiu a oportunidade de tirar excelentes fotos, ainda que a câmera do iPhone 4 não seja lá essas coisas... O show começou com um atraso de cerca de 20 minutos, e a atmosfera assim que as luzes se apagaram invocava uma verdadeira viagem interespacial - estávamos, de fato, embarcando para Júpiter junto do nosso Capitão Planeta, SILVA.
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Lúcio, então, entra no palco ao som de "Júpiter", primeira faixa de seu mais recente disco, homônimo à canção, convidando a todos os presentes adentrar naquela viagem pelo espaço sideral. Em seguida, SILVA trouxe "Sufoco", também de seu novo álbum, seguida por "É Preciso Dizer", do segundo disco, "Vista Pro Mar". Logo após, o artista agradeceu à presença de todos e falou um pouco da sua relação com a cidade de Brasília.
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A próxima canção foi "Se Ela Volta", do disco "Júpiter", evocando toda a aura pop anos 80 que embala este novo trabalho de SILVA. A seguir, o primeiro cover da noite: "Marina", clássico do sambista baiano Dorival Caymmi, que SILVA regravou em "Júpiter" com uma roupagem eletrônica e com um teclado suingado à la Depeche Mode. Logo após, ele fez um interessante medley de duas músicas de sua autoria: "Okinawa", gravada em parceria com Fernanda Takai, vocalista da banda Pato Fu, no disco "Vista Pro Mar", e "Posso", do disco de estreia do artista, "Claridão".
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Em seguida, um breve interlúdio - a música instrumental "Io", registrada no disco "Júpiter" - enquanto SILVA se ajeitava ao piano para tocar um lindo e tocante medley de dois sucessos de seu primeiro disco, "Claridão": "2012", um dos hits do álbum, e "Cansei", uma das minhas prediletas do respectivo disco. A canção seguinte levantou a galera - era "Sou Desse Jeito", o primeiro single de "Júpiter" e que rendeu um interessante videoclipe que mostra o conceito planetário do disco. Logo a seguir, veio "Nas Horas", também do disco "Júpiter", que traz um excelente refrão chiclete, e SILVA fez a proeza de, lá pelas tantas, trazer como música incidental "Nada Por Mim", clássica balada romântica de autoria do ex-casal Paula Toller, ex-vocalista do finado Kid Abelha, e Herbert Vianna, vocalista da banda Os Paralamas do Sucesso.
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A canção a seguir foi "Universo", uma das mais legais do disco "Vista Pro Mar", e, enquanto eu gravava um trecho da música, meu celular me deu uma péssima notícia: eu estava sem memória. Depois de acertar os ponteiros, prossegui registrando o show. Depois de "Universo", SILVA trouxe para o público um interessante medley de "Volta", de seu disco "Vista Pro Mar", e o clássico hit dos anos 1980 "Como Uma Onda (Zen-Surfismo)", do hitmaker Lulu Santos. Em seguida, um novo interlúdio instrumental enquanto o artista se preparava, dessa vez, para apresentar um breve setlist acústico para o público. SILVA, então, contou um pouco sobre a sua experiência de regravar um clássico do Clube da Esquina, "Um Girassol da Cor do Seu Cabelo", no estúdio localizado na casa de Milton Nascimento, depois de ser convidado pela sua gravadora a integrar a coletânea "Mar Azul", em homenagem ao icônico movimento musical mineiro integrado por Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Fernando Brant, Wagner Tiso, entre outros, para, logo em seguida, mostrar ao público a canção - e confesso que fiquei positivamente surpreso com o arranjo dado por SILVA a este clássico do cancioneiro brasileiro.
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Ainda em seu set acústico, Lúcio apresentou uma das minhas músicas prediletas do disco "Claridão", "Imergir", apenas tocando seu ukulele. A seguir, falou um pouco sobre sua relação com a música de Marisa Monte, de como foi gravar para o Canal BIS um show só com versões de canções da diva da MPB, e de como foi conhecê-la pessoalmente e compor três canções com ela - as mesmas ainda são inéditas. Depois de falar, SILVA tocou sua versão de "Pecado Te Deixar de Molho", do grupo Tribalistas, que Monte fez em 2000 com seus amigos de longa data Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes. A música seguinte foi "Janeiro", um dos singles do disco "Vista Pro Mar", e uma das minhas prediletas do referido álbum. Logo após, o artista apresentou um medley pouco usual mas que funcionou muito bem: "Noite", single gravado por SILVA em parceria com Lulu Santos e o rapper Don L e lançado em formato digital avulsamente, e "Claridão", música que dá nome ao disco de estreia do músico. Foi uma combinação interessante e que contrapôs os conceitos de claro e escuro, de dia e noite, de uma forma inteligente.
Créditos: Caio César Mancin
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A música seguinte foi "Deixa Eu Te Falar", do disco "Júpiter", e que traz um refrão bem construído e, ainda assim, declaradamente pop chiclete. Logo após, SILVA apresentou sua banda e se despediu do público cantando "Notícias", canção que fecha seu mais recente trabalho de estúdio. Durante a música, o cantor pediu para a plateia se levantar de suas poltronas e ocupar em pé a frente do palco, sendo prontamente atendido. Após se despedir, ele e a banda saíram do palco para, poucos minutos depois, voltarem para o tradicional bis. No entanto, o bis foi bem curto - apenas uma música, "Feliz e Ponto", novo single do disco "Júpiter" e que ganhou recentemente um belíssimo videoclipe em que SILVA exalta a natureza, o uso recreativo da maconha, e o poliamor, no qual ele está em uma cachoeira, rodeado de verde, vivendo uma bela relação a três com uma moça e um rapaz. Ao final da música, a banda se juntou na frente do palco, reverenciou o público e saiu de cena.
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Eu estava quase indo embora quando vi que havia uma certa movimentação na porta do camarim do artista - estavam montando a lojinha improvisada com os produtos de SILVA. Aproveitei para garantir um exemplar de "Vista Pro Mar", o segundo disco dele, e ganhei uma cartela de adesivos com o plante Júpiter. Aguardei em uma fila por uns quinze minutos e, então, eis que lá está ele: SILVA, em carne, osso e pura simpatia, para tirar foto com os fãs. Agradeci a ele por seu trabalho e tirei uma foto com ele, que foi muito solícito e paciente com todos os presentes ali. Sem dúvida, um dia inesquecível e um show que assistiria novamente quantas vezes mais fosse possível, tamanha a energia positiva que SILVA transmite dali do palco.
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