domingo, 25 de fevereiro de 2018

Peça de teatro musical "Um Reles Potter" - Apresentação de 25/02/2018

Sempre indico reassistir a maioria dos espetáculos que compareço, porém raras são as oportunidades que tenho de fazê-lo. Hoje foi uma destas, e eu consegui rever um dos musicais mais iconoclastas e hilários que já pude prestigiar: "Um Reles Potter", baseado no texto original de "A Very Potter Musical", com texto de Matt Lang e libreto de Darren Criss e A.J. Holmes. Em 2017 assisti à primeira montagem, erguida com a ajuda de crowdfunding - iniciativa refinada que cada vez angaria mais e mais adeptos - e me diverti muito com o texto e com as músicas, que eu já conheci por ter visto as filmagens amadoras da apresentação original da peça, montada nos EUA pela StarKid, fundada por Criss - grande entusiasta da Broadway e cujos trabalhos mais relevantes estão nos palcos ("Me and My Dick", "How To Succeed in Business Without Really Trying" e "Hedwig and the Angry Inch") e na TV ("Glee", "American Horror Story", "Supergirl", "The Flash" e "American Crime Story: The Assassination of Gianni Versace"); porém a peça retorna à Brasília melhor produzida, com mais recursos e patrocínio, depois de ser montada em outras capitais brasileiras, e trazendo o mesmo humor porém ainda mais acertado e sempre atualizado com as referências pop. Se na primeira montagem o sucesso era Anitta e sua "Paradinha", agora já temos o acréscimo de "Que Tiro Foi Esse?", de Jojo Marronttini, e de "Envolvimento", de MC Loma e as Gêmeas Lacração - os hits instantâneos do Carnaval brasileiro de 2018.


"Um Reles Potter" retorna à capital federal, dessa vez no palco da Sala Plínio Marcos da Funarte, e com pequenas alterações no elenco: no papel de Gina Weasley, sai Sami Maia e entra Simone Mariano ("Reflexos", "Um Domingo No Parque", "Os Descendentes"; e, no papel de Draco Malfoy, sai Larissa Cintra e entra Helena Macedo ("The Wall - O Musical", "Os Miseráveis") (que, por algum infortúnio, estava com bota ortopédica em cena, mas não se deixou abater e trouxe uma personagem sempre engraçada e com direitos à piadas envolvendo aquela dificuldade para se locomover). As trocas não atrapalham em nada o andamento da peça nem desmerecem o trabalho da produção, que cortou um dobrado para lidar com diversos problemas de microfonia durante o espetáculo - como já dito anteriormente no Música Na Vida, Brasília carece de investimentos em equipamentos de som e também de profissionais aptos a realizar a manutenção destes, o que implica em uma quantidade tristemente notável de problemas relacionado à microfonia e à ruídos incômodos nos microfones utilizados por atores em cena em diversos musicais pela cidade. À exceção das microfonias a peça transcorreu muito bem, entretendo a todos (inclusive minha companhia: minha irmã, Eduarda) e arrancando gargalhadas de muitos (incluindo até os próprios atores que, muitas vezes, não conseguiam segurar o riso em cena e levavam a plateia ao delírio).


Creio nem ser necessário dizer que voltaria mais mil vezes para reassistir "Um Reles Potter", porém agora estou mais interessado na bombástica notícia revelada por Ricardo Taveira, que interpreta o protagonista Harry Potter e também assina a direção geral e musical do espetáculo: a equipe vai montar "A Very Potter Sequel", continuação da história musical dos alunos de Hogwarts, montada pela primeira vez em 2010 pela StarKid. Será muito boa, e faço questão de prestigiar mais uma vez esse elenco imperdível e essa equipe fenomenal.

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