Pela primeira vez em Brasília desde o início de sua carreira solo, Sandy fez um brilhante show na noite do dia 18 de junho de 2011. Previsto para começar às 22h, a cantora entrou no palco às 22h20, cantando o primeiro single de “Manuscrito”, a belíssima “Pés Cansados”. A plateia cantou animadamente a canção e vibrou com o carisma e a voz encantadora de Sandy. Ao longo do show, Sandy intercalou músicas novas com releituras de grandes sucessos internacionais e nacionais e com versões de músicas da época em que formava a dupla Sandy & Junior com seu irmão Durval de Lima Junior.
A cantora, apesar de um pouco rouca, devido à uma gripe que contraíra duas semanas antes da apresentação, apresentou magistralmente as músicas “Sem Jeito” (na qual toca percussão), “Duras Pedras”, “Perdida e Salva”, “Tempo” (apresentada ao piano pela cantora, que a dedicou à mãe, Noely, que aniversariava naquele dia), “Ela/Ele”, “O Que Faltou Ser”, “Dedilhada”, “Tão Comum”, “Dias Iguais” (em um dueto virtual com a cantora britânica Nerina Pallot, que gravou-a em estúdio com Sandy, para o álbum “Manuscrito”) e “Quem Eu Sou” (que, assim como “Pés Cansados”, é interpretada com Sandy tocando uma pandeirola). As músicas de artistas internacionais, apresentadas com arranjos completamente diferentes e bem surpreendentes, foram: “Put Your Records On”, da Corinne Bailey Rae; “Wonderwall”, do Oasis; e “Black Horse and the Cherry Tree”, da KT Tunstall. Já as releituras de clássicos nacionais foram: “Por Enquanto”, do falecido vocalista da Legião Urbana, Renato Russo; “Hoje Eu Quero Sair Só”, do pernambucano Lenine; “Beija Eu”, da diva da MPB Marisa Monte; e “Casa”, do grande Lulu Santos.
Com um repertório tão variado musicalmente, claro que não poderia faltar aquele resgate ao passado, com Sandy em carreira solo reinterpretando os grandes clássicos que foram sucesso na época da dupla Sandy & Junior. A cantora interpretou “Quando Você Passa” e “Estranho Jeito de Amar”, e a plateia, ainda saudosa da dupla, puxou um coro de “Você Pra Sempre (Inveja)”, que Sandy interpretou divinamente à capela junto dos fãs. Depois de apresentar “Quem Eu Sou”, a cantora se ausenta do palco por alguns instantes para, logo em seguida, voltar e sentar-se ao piano. Assim como “O Que Faltou Ser”, ela interpreta “Esconderijo” apenas com voz e piano. O público aplaudiu fervorosamente, e ela encerrou o show dedicando “Tempo” para Noely.
Do lado de fora do Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a produção do show montou uma espécie de Bar Devassa, em detrimento da marca de cerveja da qual Sandy foi garota-propaganda no Carnaval de 2011 e que está patrocinando a turnê “Manuscrito”. Havia um cantor se apresentando ali, mas o público só estava ali para ver a Sandy – ou seja, ele foi pouco aplaudido durante sua performance. Ainda no show, ao final da apresentação da música “Quem Eu Sou”, os pais de Sandy, Noely e Xororó, passaram ao lado das poltronas laterais do setor VIP (local onde eu estava) e isso iniciou um tumulto ao fim do show, que serviu apenas para atulhar as primeiras fileiras de poltronas da área central. Este que vos fala esteve lá no meio, espremendo-se entre jovens pré-adolescentes e pais altos e gordos, para conseguir tentar chegar mais perto da artista, mas o equipamento de vídeo e fotografia (um iPhone 3GS) não foram suficientes para que o material fosse de boa qualidade.
Depois do terceiro show da Sandy que presencio (os dois anteriores ainda eram com a dupla), posso dizer que estou orgulhoso do que ela está construindo para a sua nova empreitada sem o irmão Junior, e que este show será um marco na minha vida como fã e amante incondicional dessa artista de tão boa qualidade e índole. Em suma: foi um sonho. E realizado com a ajuda da minha querida avó Shirley, que pagou os ingressos e ainda teve coragem de ir comigo no show. Obrigado, vovó: sua ajuda foi de fundamental importância!
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