domingo, 23 de outubro de 2016

Show "Solo Voz & Violão", de Ana Carolina - Apresentação de 22/10/2016

Raramente uma voz consegue preencher todo um espaço - apenas uma voz, sem auto-tune, sem uma super banda, sem uma megaprodução... Apenas uma voz. Foi com apenas uma voz que Ana Carolina preencheu todo o Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Acompanhada apenas do multi-instrumentista e DJ Mikael Mutti, a cantora mineira se apresenta cantando grandes hits de sua carreira e versões apaixonantes de clássicos do cancioneiro da música popular brasileira. Fui neste show inesquecível acompanhado da família toda - minha mãe, Daniélle, que me ensinou a gostar de Ana Carolina; meu pai, Rinaldo, que não poderia perder a oportunidade de presenciar, como ele disse, uma artista tão completa; e minha irmã, Eduarda, que tem um gosto musical bem seleto, mas gosta bastante das músicas de Ana. Sem dúvida, um momento em família para guardarmos com muito carinho!

Créditos: Bilheteria Digital

O setlist do show, na ordem a seguir: "Eu Que Não Sei Quase Nada do Mar", música escrita por Ana Carolina a pedido de Maria Bethânia; "Qual É", música inédita em gravações da cantora, e de linda letra; "Cecília", letra de Chico Buarque e que ficou muito linda na voz de Ana; "Canção e Silêncio", originalmente de Zé Manoel e que Ana cantou de maneira visceral e terna; "Combustível", um dos maiores hits radiofônicos da cantora, que foi tema da personagem de Vanessa Giácomo na novela "Amor à Vida"; "Pra Rua Me Levar", sucesso de Ana no início dos anos 2000, quando foi tema do personagem de Bruno Gagliasso na novela "América"; "Um Amor Puro", originalmente do cantor Djavan, sendo a versão apresentada no show uma reinvenção sensacional da obra do alagoano; "Linha de Passe", originalmente de João Bosco, e regravada oficialmente por Ana no songbook do cantor, em 2003; "O Que É Que Há", originalmente de Fábio Jr.; "A Canção Tocou Na Hora Errada", hit da cantora mineira de seu disco "Ana Rita Joana Iracema Carolina" (2001); "Vai", uma linda composição de Simone Saback, e que Ana regravou em seu disco "Multishow Ao Vivo: Dois Quartos"; "Amor Perfeito", hit longevo de Michael Sullivan e Paulo Massadas, gravado originalmente por Roberto Carlos e, desde então, regravado por diversos artistas, de Cláudia Leitte a Jota Quest; "Nada Pra Mim", canção gravada por Ana em seu disco de estreia, autointitulado, de 1999, e que consta também na trilha sonora da sétima temporada de "Malhação"; "Oceano", mais uma canção de Djavan, que Ana refez brilhantemente; "Hoje", uma canção engraçadinha, "fofilda" (como definiu a própria Ana Carolina no show), que é o grande sucesso da cantora Ludmilla; "O Meu Sangue Ferve Por Você", originalmente do cigano Sidney Magal, que Ana refez de forma sublime; "Coração Selvagem", originalmente de Belchior, que Ana canta com muita eloquência e firmeza; "Um Dia, Um Adeus", originalmente de Guilherme Arantes, cuja apresentação de Ana foi um dos pontos altos da noite; a paródia hilária, apesar de cruel e realista, do "Hino Nacional Brasileiro", que Ana Carolina apresenta à cappela; "Nomes de Favela", do veterano sambista Paulo César Pinheiro, viúvo da cantora Clara Nunes; "O Ronco da Cuíca", mais uma refeitura de uma canção de João Bosco; "Erva Venenosa", originalmente dos Golden Boys, da época da Jovem Guarda, mas feita nacionalmente conhecida através da regravação de Rita Lee em 2000, no disco "3001"; "Rosas", um dos hits mais marcantes da carreira de Ana Carolina. e uma das minhas preferidas dela; "Garganta", o primeiro single de sucesso da cantora, e que foi tema da personagem de Débora Bloch na novela "Andando Nas Nuvens"; e, por último, a única canção do bis, "É Isso Aí", versão em português do hit "The Blower's Daughter", do cantor irlandês Damien Rice, composta por Ana em parceria com Seu Jorge, no projeto de maior repercussão da carreira de ambos, o CD e DVD "Ana & Jorge", de 2005.



Claro que faltaram muitos sucessos da carreira solo de Ana Carolina, o que foi um tanto incongruente com o nome da turnê com a qual a artista está excursionando, mas o brilho das covers apresentadas é até capaz de amainar a frustração pelas canções faltantes. A companhia, claro, tornou tudo mais agradável e, mais do que isso, trouxe uma conexão conjunta entre nós que apenas eventos assim podem proporcionar. A voz de Ana Carolina não apenas preencheu todo o auditório, mas também preencheu nossos corações de alegrias e emoções, e certamente falaremos dessa noite por muito tempo aqui em casa.


Ao final do show, fomos jantar em uma das nossas pizzarias prediletas, e fechamos com chave de ouro essa noite mais do que especial. Este foi um dos meus presentes adiantados de aniversário, e não poderia ter sido melhor escolhido. Ana Carolina, muito obrigado por esta noite tão mágica e que proporcionou um momento em família de alegria e amor!

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