sábado, 9 de junho de 2018

Ópera "La Traviata", de Giuseppe Verdi - Apresentação de 09/06/2018

Depois de tantos anos admirando e estudando a arte das óperas, finalmente tive a oportunidade de assistir à minha primeira apresentação de uma - e não poderia ser melhor do que essa, sendo "La Traviata" uma das minhas três óperas favoritas, entre "Carmen" e "As Valquírias". Não tenho, contudo, palavras para descrever minha emoção de estar prestigiando uma ópera - é um misto de sensações que me deixaram com as emoções à flor da pele e com lágrimas nos olhos do início ao fim. Felizmente tal oportunidade me apareceu ainda com uma excelente companhia - minha namorada, Giulliana, que também adora óperas e que, sabendo um pouco de italiano, compreendeu bem mais do texto do que eu, que estava em torpor pela emoção de estar ali presente.


A montagem da ópera icônica de Verdi é obra do maestro Alexandre Innecop, fundador do espaço cultural que leva seu nome e que se dedica ao estudo e à contemplação dessas obras de arte em formato de música, e contou com as participações estelares de astros da música erudita, como os solistas Caroline Worra como Violetta (a cortesã), Jacob Sentgeorge como Alfredo (o jovem apaixonado por Violetta), John David Miles como Giorgio (o pai de Alfredo, que desaprova o relacionamento e faz de tudo para afastar seu filho da cortesã), e Pamela Williams como Flora (melhor amiga e confidente de Violetta). Além disso, também tem espaço para solos de Alexandre Firmino e Jalmi de Souza, ambos do coro, que conta com 140 cantores, e para uma orquestra impecável de 51 músicos, além da figura engraçada e, ao mesmo tempo, severa de Innecco, maestro e regente de todo esse timaço de primeira qualidade.


Sem dúvida, um espetáculo imperdível e delicioso, que só não foi melhor por não ter sido a ópera completa - foi apresentado um compilado, de cerca de 90 minutos, com as principais músicas da peça que são necessárias para a compreensão da história, adaptada por Verdi da novela "A Dama das Camélias", de Alexandre Dumas Filho. Innecco é, de fato, um fenômeno da música erudita e sua busca incansável pela preservação dessa história é admirável. Assistira quantas vezes mais pudesse, com certeza.

 

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