Créditos: YouTube
A história de "Enfim, Nós" mostra um casal que está se arrumando para saírem juntos no Dia dos Namorados e que acabam acidentalmente presos no banheiro. A partir desta premissa, desenrola-se uma DR (discussão de relação) que perpassa por todos os aspectos negativos e positivos do primeiro ano de casamento de Fernanda e José. Ao longo da peça, outros problemas vão se aglutinando àquela discussão que, entre lágrimas e risadas, mostra que não existe casamento perfeito e que é apenas a vontade de estar junto que leva este matrimônio ao sucesso. Além de estarem presos no banheiro, o casal passa por outras poucas e boas: o apartamento deles é assaltado, eles provocam um acidente de trânsito ao tentarem pedir ajuda para saírem dali, Fernanda conta que está grávida, José conta que pediu demissão do emprego por questões éticas, entre outros problemas igualmente tensos.
Créditos: Pino Gomes
De forma geral, o texto de Mazzeo e Gonzaga resume muito bem o que é um casamento, suas felicidades e suas agruras, mas também os improvisos de Vasconcellos e Reis em cena, por conta da intimidade fora de cena, são excelentes para o timing cômico e para as cenas de maior contato físico. Eu nunca havia visto Fernanda Vasconcellos no palco - ela se mostra uma atriz acima da média, com talento para a comédia, apesar de não explorar muito isso em seus trabalhos na televisão, marcados pela dramaticidade (a qual ela também é excelente em demonstrar) - mas eu já havia, sim, visto Cássio Reis em cena, quando assisti "Callas", e sabia de antemão que ele é um excelente ator - em cena, ele consegue pôr para fora todas as suas estroinices, com o adendo de isso ajudá-lo no timing das piadas do texto, sem prejudicar na sua atuação, como o fizera na peça sobre a vida da soprano María Callas.
Créditos: Pino Gomes
Em suma: recomendo muito "Enfim, Nós" e, se pudesse, assistiria mais dezenas de vezes, para rir das mesmas piadas.
Créditos: Pino Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário