Crédito: Divulgação
Em cena, apenas três atores: Luana Piovani (brilhante como sempre, no papel de Beatriz), Thelmo Fernandes (explosivo e com um sotaque na medida certa para o seu Miguel) e Omar Menezes (delicado porém poderoso com seu franzino Fernando). A história é simples porém complexa: três irmãos, unidos apenas pelo laço consanguíneo paterno, que nunca se viram dantes, se juntam para fazer a partilha “amigável” dos bens do recém-falecido pai, mas o processo não será assim tão fácil, uma vez que cada personagem esconde seus segredos e suas inseguranças para com o futuro a ser proporcionado por aquele dinheiro. Sem grandes rodeios, o roteiro entrega uma realidade assustadora porém totalmente familiar ao espectador, que vive, sente, sofre e chora junto dos personagens que, cada um a seu modo, está presente em cada um de nós.
Crédito: José Guertzenstein/ Divulgação
Piovani é uma sumidade e seu talento transborda do palco, porém faz-se necessário dar lustro à performance de seus colegas em cena, sem os quais sua personagem nada seria. O trio funciona com muita química, e a peça vai se transmutando entre comédia e drama ao longo de quase uma hora de espetáculo. Ao fim da peça, tive a oportunidade de bater um breve papo com Piovani sobre sua carreira e sua dedicação aos palcos, e ela ressaltou a importância de se formar novas plateias e de não deixar a cultura do teatro sair de cena – ela não poderia estar mais certa: o teatro é necessário, é urgente, e é mais do que importante para estarmos em sintonia com o mundo. Sem dúvida uma peça para se rever, no intuito de elucubrar as nuances que não transpareceram à primeira vista.
Crédito: Bilheteria Digital/ Divulgação
Nenhum comentário:
Postar um comentário